Um novo registro no processo antitruste do UFC revelou novas declarações de 51 lutadores que apoiam o acordo proposto para encerrar o caso, que já dura uma década. O UFC ofereceu US$375 milhões para encerrar o processo iniciado em 2014 por lutadores como Cung Le. Um acordo anterior de US$335 milhões foi rejeitado pelo juiz Richard Boulware, que remarcou o caso para 2025.
O novo acordo, que cobre lutadores de 2010 a 2017, recebeu apoio de 56 lutadores em cartas ao juiz, argumentando que o acordo garante alívio financeiro e evita anos de litígios. Os 51 novos lutadores, incluindo ex-campeões do UFC, detalham lesões sofridas durante suas carreiras, como danos cerebrais e pescoço quebrado.
Ex-lutadores como Fabrício Werdum, Lyoto Machida, Miguel Torres e Bethe Correia estão entre os que pedem a aprovação do acordo. Werdum, em sua carta, descreve as consequências de sua carreira no UFC, incluindo concussões, traumatismo cranioencefálico e um cisto cerebral. Ele argumenta que o acordo seria “transformador” para ele e outros lutadores.
O processo inicial alegava que o UFC utilizou contratos exclusivos e a compra de seus competidores para criar um monopólio no mercado de MMA. O caso, inicialmente movido por Cung Le, foi consolidado com outras ações semelhantes. Em 2023, os processos foram certificados como ações coletivas e documentos confidenciais do UFC foram tornados públicos.
O acordo entre os lutadores e o UFC impede que o caso chegue a julgamento.
Fabricio Werdum — Foto: Getty Images