Apesar da vaga na Copa Sul-Americana de 2025, conquistada após uma recuperação no segundo turno do Brasileirão, o técnico Thiago Carpini mantém os pés no chão. Com contrato renovado, ele reforça que o Vitória segue em reconstrução.
Em 2022, o clube disputava a Série C. A ascensão à Série B em 2023, com título, e a classificação para a Sul-Americana em 2024 marcam uma evolução, mas não apagam os desafios.
Carpini relembra as dificuldades ao assumir, em maio, com o time na zona de rebaixamento: “Conhecia o elenco, mas muitos me alertaram sobre os riscos. O Vitória era candidato ao rebaixamento, e sabíamos disso. Em 2025, a situação não deve ser muito diferente. Buscamos um futuro mais seguro, sem ilusões de grandes conquistas imediatas”.
Seu discurso contrasta com a ambição do presidente Fábio Mota, que vislumbra uma grande campanha na Sul-Americana. Mota questionou, em coletiva recente: “Qual clube nordestino já venceu uma competição internacional?”.
Carpini recorda que, ao chegar, o time tinha um ponto em cinco jogos. Mudanças drásticas foram necessárias, incluindo saídas de jogadores com problemas extracampo. Segundo ele, havia uma zona de conforto e jogadores “acima do processo”. “Havia jogadores atrapalhando mais que ajudando. Todas as decisões foram tomadas com transparência”, afirma.
Com 46% de aproveitamento em 33 jogos sob seu comando – e cinco vitórias nos últimos dez –, Carpini finaliza: “Independente do desafio, tento ser eu mesmo. Minhas convicções e o que acredito me trouxeram até aqui”.
O técnico agora foca na montagem do elenco para 2025, com reapresentação dividida em dois grupos: 3 e 10 de janeiro.
Thiago Carpini em entrevista ao Seleção Sportv — Foto: Reprodução