Fernando Sarney, atual vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), solicitou nesta quarta-feira (7) que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspenda os efeitos do acordo que garantiu a permanência de Ednaldo Rodrigues no comando da entidade. Segundo Sarney, o documento perdeu sua legitimidade após a revelação de que a assinatura do ex-presidente Coronel Nunes, um dos subscritores, pode ter sido falsificada.
Essa solicitação soma-se a um movimento crescente contra Ednaldo. A deputada federal Daniela Carneiro (União Brasil-RJ) já havia pedido ao STF o afastamento imediato do dirigente com base em um laudo pericial que apontaria fraude na assinatura de Nunes, também ex-vice de Ednaldo.
Sarney argumenta que a suposta falsificação configura uma simulação jurídica, o que invalida o acordo, mesmo com a homologação anterior do STF. Além disso, ele questiona a liminar expedida pelo ministro Gilmar Mendes em janeiro de 2024, que havia reconduzido Ednaldo ao cargo sob o argumento de evitar sanções internacionais ao futebol brasileiro.
A petição encaminhada por Sarney é mais um capítulo de uma disputa legal que começou em 2022, logo após a eleição de Ednaldo. O processo vinha sendo debatido no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e, mais recentemente, foi encerrado com um acordo entre dirigentes da CBF e a Federação Mineira de Futebol.
Esse acordo teve a assinatura de diversos nomes influentes da gestão esportiva nacional, incluindo Coronel Nunes, Castellar Neto, Gustavo Feijó, Rogério Caboclo, além da própria CBF e da Federação Mineira.
Fernando Sarney, que rompeu politicamente com Ednaldo e não compôs a chapa reeleita para o ciclo de 2026 a 2030, agora busca a anulação completa do entendimento que sustentou a atual presidência.
A responsabilidade de analisar os novos pedidos, tanto o de Sarney quanto o da deputada Daniela, caberá ao ministro Gilmar Mendes, relator do caso no STF.