Roger Machado está tranquilo no Inter, recebendo elogios, mas não ignora as críticas sobre a duração de seus trabalhos. Ele acredita que sua média em clubes anteriores valida suas ideias, preferindo iniciar a temporada, embora reconheça maior tolerância quando chega durante o campeonato. A entrada de estrangeiros no futebol brasileiro também contribui para essa maior paciência.
Chegou ao Beira-Rio sob desconfiança, por seu passado no Grêmio e pela fama de não manter o desempenho após inícios promissores. Hoje, porém, é um dos mais aplaudidos, com o time em quarto lugar no Brasileirão, quebrando o recorde de invencibilidade. Apesar disso, o tema da inconsistência o incomoda. Roger considera injusta a marcação da mídia sobre sua pessoa, afirmando que a média de aproveitamento em seus clubes é superior a 55%.
O Inter é o oitavo clube de sua carreira, tendo treinado também Novo Hamburgo, Juventude, Grêmio, Atlético-MG, Palmeiras, Bahia e Fluminense, com títulos no Gauchão, Mineiro e Baiano.
A rivalidade com o Grêmio e a chegada ao Beira-Rio em meio à temporada reacenderam um debate: a preferência de Roger por iniciar os trabalhos no início do ano. Ele acredita que a pressão é maior quando se assume um time já em andamento, mas a presença de estrangeiros no mercado brasileiro aumenta a tolerância com os treinadores.
Os colorados esperam que ele supere seus trabalhos anteriores e conquiste títulos. No momento, o Inter está em quarto lugar no Brasileirão, com 59 pontos, e enfrenta o Vasco no dia 21.
Roger Machado, técnico do Inter — Foto: Ricardo Duarte/Divulgação, Internacional