A saída de Daniel Paulista do Sport se concretizou após um período de tensões internas. Desagrado com renovações contratuais de jogadores, declarações críticas do treinador sobre o planejamento do clube e salários atrasados contribuíram para o fim do ciclo.
Após a derrota para o Internacional, Daniel Paulista cobrou publicamente o início do planejamento para 2026, apontando erros na gestão. A declaração gerou desconforto na diretoria, que o convocou para explicações.
Apesar da negativa inicial do presidente Yuri Romão, a possibilidade de demissão foi discutida internamente. Um dirigente chegou a sugerir a saída imediata do técnico, considerando sua fala uma exposição negativa do clube.
O treinador também manifestou insatisfação com o tom da conversa com a direção. A falta de pagamento dos salários de setembro a atletas e comissão técnica aumentou o clima de tensão.
A diretoria não teria consultado Daniel Paulista sobre as renovações de contrato de Rafael Thyere e Igor Cariús, o que gerou mais um ponto de atrito. Além disso, a própria diretoria não tinha certeza sobre a continuidade do treinador para 2026, avaliando que, apesar de tornar o time mais competitivo, os resultados eram insuficientes.
Após a derrota para o Mirassol, Daniel Paulista reforçou o discurso sobre o futuro, afirmando ter uma decisão tomada e que a comunicaria à direção. Já era esperado que ele não permaneceria no clube.
Inicialmente, a multa rescisória representava um obstáculo, mas, diante da insistência de Daniel Paulista em discutir publicamente o planejamento para o próximo ano, um acordo foi costurado.
A decisão final foi tomada em comum acordo. O Sport pagará o salário de novembro da comissão técnica, encerrando o quinto ciclo de Daniel Paulista no clube, desta vez sem o sucesso de passagens anteriores.
Daniel Paulista: “O Sport já precisa pensar em 2026”




