O Brasil enfrenta um processo de reformulação desde a Copa do Mundo de 2022, com a dificuldade de encontrar um time ideal. Isso fica evidente na grande rotatividade de jogadores na Seleção, com 64 atletas diferentes entrando em campo desde o amistoso contra Marrocos, em março de 2023, até a vitória sobre o Chile, na última quinta-feira.
Essa marca supera o número de jogadores utilizados no ciclo anterior, entre a Copa da Rússia e o Catar, onde Tite escalou 63 atletas em 55 jogos. Neste ciclo, o Brasil alcançou esse número em apenas 20 partidas.
A maior rotatividade se deve às mudanças no comando técnico, com a CBF optando por três treinadores diferentes: Ramón Menezes, Fernando Diniz e Dorival Júnior. O atual comandante escalou 37 jogadores em 11 jogos, sendo Bruno Guimarães o jogador que mais atuou com Dorival e também neste ciclo.
O número de convocados também está próximo ao ciclo anterior, com 73 jogadores chamados desde 2023, comparado com 87 convocados por Tite entre 2018 e 2022.
Dos 26 jogadores que estiveram no último Mundial, cinco não foram mais convocados: Daniel Alves, Everton Ribeiro, Fabinho, Fred e Thiago Silva.
O atacante Raphinha, um dos remanescentes da era Tite, comenta que a Seleção já possui uma base desde a Copa, com algumas mudanças, e que os novos jogadores se encaixam mais facilmente no grupo e na maneira de jogar.
A lista de jogadores utilizados neste ciclo pode aumentar na próxima terça-feira, contra o Peru, com a estreia do meia Matheus Pereira, convocado para substituir o suspenso Lucas Paquetá.
Jogadores titulares da seleção brasileira contra o Chile — Foto: Rafael Ribeiro / CBF