A saída de Márcio Cadar do projeto da SAF do Santa Cruz surpreendeu, dado seu prestígio inicial na estruturação da venda do futebol. A história, que começou promissora, terminou em ressentimento e acordos de confidencialidade.
O afastamento de Cadar ocorreu após uma série de eventos. Após a assinatura da proposta vinculante de R$ 1 bilhão, Cadar criou um perfil no Instagram e sua presença online crescente gerou desconforto. Postagens sobre temas confidenciais e promessas não cumpridas irritaram investidores e a diretoria.
Cadar prometeu financiar o reconhecimento facial no estádio, levando o clube a assinar um compromisso com o Ministério Público. No entanto, ele não cumpriu o acordo, resultando em custos adicionais para o Santa Cruz. Além disso, Cadar anunciou obras no Arruda, mas a Comissão Patrimonial do clube arcou com os custos. A publicação não autorizada de fotos de um arquiteto no estádio também gerou conflitos.
Outro ponto de atrito foi um pix feito à principal torcida organizada do clube, sem comunicação prévia aos investidores ou à diretoria. A justificativa de “ajuda” não foi bem recebida, gerando críticas.
A tentativa de Cadar de entrar no vestiário do time durante um clássico foi barrada, causando mais tensão. Internamente, ele perdeu credibilidade devido aos excessos nas redes sociais e à falta de sucesso em atrair investidores para a SAF.
Diante da situação, os investidores decidiram afastar Cadar do projeto, com o aval do presidente Bruno Rodrigues. Atualmente, Cadar está proibido de falar em nome do clube e de se envolver em negócios relacionados à SAF. Os demais investidores assumirão suas cotas, e o processo de venda da SAF seguirá sem sua participação.
Empresário Márcio Cadar está fora da SAF do Santa Cruz