O Vitória, derrotado pelo Corinthians no último sábado, teve como principal mudança no time titular o lateral-direito Willian Lepo improvisado na lateral esquerda. Essa escolha do técnico Thiago Carpini, porém, não é novidade para o time baiano.
Em 33 rodadas do Brasileirão, o Vitória utilizou jogadores improvisados em 11 partidas (um terço do campeonato). O retrospecto nesses jogos: três vitórias e oito derrotas, um aproveitamento de apenas 27%, bem abaixo dos 38% que colocam o time na 13ª posição.
O problema foi mais frequente no primeiro turno, quando o time sofreu com a falta de peças. Com a chegada de reforços no segundo turno, os improvisos diminuíram, e o Vitória viveu sua melhor fase no campeonato, com cinco vitórias, duas derrotas e um empate em oito jogos.
O zagueiro e capitão Wagner Leonardo, em agosto, já havia comentado sobre o impacto dos improvisos: “A gente sofreu bastante. Em muitos jogos a gente precisou improvisar: zagueiros, laterais, volantes. Quando a gente conseguiu colocar cada um em sua posição, isso foi fundamental para melhorar a defesa.”
Thiago Carpini também reconheceu a dificuldade: “Gostaríamos de ter outras possibilidades para variar um pouco mais. Ficamos mais de dez rodadas sem zagueiro. Que bom que o Esteves só tomou cartão nesse momento. Em alguns momentos não tínhamos laterais no banco. Mas dentro do que temos acho que está entregando. Nesse momento precisamos das soluções e sermos criativos.”
Uma boa notícia para os torcedores do Vitória: Lucas Esteves retorna após cumprir suspensão e estará à disposição para reassumir a titularidade na lateral esquerda no confronto direto contra o Criciúma, na próxima quarta-feira.
Caio Vinícius é o jogador que mais foi improvisado no Vitória nesta Série A — Foto: Victor Ferreira/EC Vitória