A eliminação precoce do Boca Juniors na Libertadores de 2025, ainda na segunda fase contra o Alianza Lima, expõe a crise recente do clube. Após chances claras de gol desperdiçadas, como a bola na trave de Giménez e a furada de Cavani, o Boca perdeu nos pênaltis. Velasco, contratação mais cara da temporada, errou a cobrança decisiva.
Essa eliminação marca o segundo ano consecutivo sem o Boca na fase de grupos da Libertadores. Em 2024, o clube disputou apenas a Sul-Americana, caindo nas oitavas de final para o Cruzeiro, também nos pênaltis. O último grande resultado do Boca foi o vice da Libertadores em 2023, contra o Fluminense. Desde então, acumulam-se campanhas ruins no Argentino, na Copa Argentina e na Copa da Liga.
O desempenho contra o Alianza Lima evidenciou as fragilidades do time, que parece não ter aprendido com os erros de 2024. Cavani, apesar de ser o principal jogador, falha em momentos decisivos. Aos 48 do segundo tempo, com o placar agregado em 2 a 1 para o Boca, o uruguaio perdeu um gol feito, sem goleiro. Embora tenha convertido seu pênalti posteriormente, o erro anterior foi crucial.
Apesar do elenco experiente, com nomes como Marchesín, Advíncula, Battaglia, Rojo e Herrera, o Boca não impôs sua tradição. A gestão de Riquelme, eleito presidente em 2023, ainda não entregou os resultados esperados pela torcida, que se divide entre apoiadores e críticos.
Os investimentos para 2025, incluindo a contratação de Velasco por 9,6 milhões de euros, não impediram a eliminação. O Boca investiu mais de 42 milhões de euros em reforços, demonstrando que dinheiro não é problema para o clube. A contratação do técnico Fernando Gago, em outubro de 2024, ainda não surtiu o efeito desejado, com 50% de aproveitamento em 22 jogos.
Sem a Sul-Americana, o Boca foca agora no Mundial de Clubes, em junho, contra Auckland City, Bayern de Munique e Benfica. Até lá, resta apenas o Campeonato Argentino para o time tentar se reerguer.
Boca Juniors 2 x 1 Alianza Lima | Gols | Conmebol Libertadores
