Há seis dias, a Comissão de Ética e Disciplina do Corinthians votou pelo afastamento preventivo de Romeu Tuma Jr. da presidência do Conselho Deliberativo. A falta de comunicação oficial gerou polêmica e pedidos de esclarecimento de conselheiros, do próprio Tuma Jr. e do Conselho de Orientação (CORI). A Comissão de Ética não se manifestou.
Tuma Jr. afirma não ter sido notificado do julgamento nem da decisão, e continua presidindo o Conselho. A reunião da Comissão ocorreu na quarta-feira, com cinco integrantes e um advogado. O presidente da Comissão se absteve, votando pelo afastamento Mario Mello Junior, Paulo Juricic e Ronaldo Fernandez Tomé. Rodrigo Vicente Bittar votou contra. A Comissão discutiu e concluiu ter poder para o afastamento liminar.
Contudo, Tuma Jr. e a comissão de Justiça do Corinthians contestam essa prerrogativa, defendendo que a decisão cabe ao plenário do Conselho. A falta de comunicação oficial alimenta especulações e agrava a instabilidade política no clube, às vésperas da reunião do Conselho para votar as contas de 2024, ainda não finalizadas devido à discussão sobre um possível rombo.
O processo contra Tuma Jr. originou-se de denúncias do presidente Augusto Melo e do conselheiro Roberto Willian Miguel. A defesa de Tuma Jr. teve sua manifestação recebida, mas o pedido de participação na audiência foi negado. A decisão é liminar, e o mérito será julgado posteriormente, com direito a nova defesa. A decisão final dependerá de referendo do Conselho Deliberativo.
Tuma Jr., responsável pelo processo de impeachment contra Augusto Melo, está em conflito com o presidente e é acusado de parcialidade e de prejudicar a imagem do clube. A Comissão de Ética justificou o afastamento pela possibilidade de danos contínuos. A defesa de Tuma Jr. alega falta de previsão estatutária para o afastamento e ausência de justa causa.
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