Lucas Paquetá enfrentou a acusação de envolvimento com apostas esportivas amparado na fé, no trabalho de um escritório de advocacia britânico e no convívio familiar. O processo de defesa consumiu mais de R$ 5 milhões.
O choro do jogador ao receber um cartão amarelo em maio, durante partida contra o Tottenham, refletiu a turbulência emocional vivida desde agosto de 2023, quando as alegações surgiram. Entre a acusação e a declaração de inocência, Paquetá enfrentou incertezas e adiamentos impostos pela Federação Inglesa.
A acusação impediu sua transferência para o Manchester City, afastou-o da Seleção com Fernando Diniz, permitiu seu retorno com Dorival Júnior e o ausentou da primeira lista de Carlo Ancelotti.
Sem buscar auxílio psicológico, Paquetá encontrou na religião um refúgio, compartilhando mensagens bíblicas nas redes sociais, como resposta aos ataques e memes relacionados às apostas.
A defesa ficou a cargo do escritório Level, cujos advogados sinalizaram otimismo antes do veredito. A Federação Inglesa havia solicitado o banimento de Paquetá, tornando o julgamento decisivo para sua carreira. A ausência de provas concretas gerou confiança em um resultado favorável.
A estratégia de defesa inglesa foi bem-sucedida, mas custosa. O West Ham auxiliou no pagamento dos 700 mil libras (R$ 5.2 milhões) gastos por Paquetá. Advogados podem buscar a restituição de parte desse valor, embora um processo contra a Federação Inglesa seja improvável devido a um termo de adesão assinado por jogadores estrangeiros.
Em Chicago, durante a pré-temporada, Paquetá recebeu a notícia da absolvição, expressando alívio e o desejo de recuperar o tempo perdido.
Com a reabertura do mercado, o West Ham espera receber entre 50 e 60 milhões de libras por Paquetá, e o Manchester City pode retomar o interesse.
A um ano da Copa do Mundo, Lucas Paquetá tem a oportunidade de retornar à Seleção Brasileira, com chances de integrar a lista de Carlo Ancelotti para os jogos contra Chile e Bolívia em setembro.
Cahê Mota explica razões da absolvição de Lucas Paquetá