A McLaren gerou controvérsia no Grande Prêmio da Itália ao inverter a ordem de seus pilotos, Oscar Piastri e Lando Norris, no final da corrida. A manobra, desencadeada por um pit stop lento de Norris, provocou debates e críticas, inclusive do vencedor da prova, Max Verstappen.
O chefe da equipe, Andrea Stella, explicou que a intenção original era priorizar a sequência de pit stops para proteger a posição de Charles Leclerc e antecipar possíveis safety cars, sem alterar a ordem entre os pilotos. Contudo, o atraso no pit stop de Norris resultou na troca de posições, levando a McLaren a restaurar a ordem anterior, alinhada com os princípios da equipe.
A decisão remeteu ao GP da Hungria de 2023, quando Norris cedeu a posição a Piastri após ser chamado aos boxes primeiro. Na Itália, a equipe comunicou a Norris que Piastri seria atendido primeiro, garantindo que ele manteria sua posição. No entanto, um problema na fixação da roda dianteira esquerda durante o pit stop de Norris o relegou ao terceiro lugar.
Piastri acatou a ordem de equipe, embora tenha questionado a decisão via rádio. Stella enfatizou que a medida não visava compensar Norris pela quebra sofrida no GP da Holanda e que a decisão refletia os valores de competição da McLaren, as chamadas “regras papaya”, que orientam os pilotos a evitar ações que prejudiquem a equipe ou seus companheiros.
Apesar da frustração inicial, Piastri minimizou o incidente. Norris, por sua vez, defendeu a “justiça” da decisão, afirmando que a equipe fez o que considerava correto.
A ordem de equipe não foi bem recebida por outros membros da comunidade da Fórmula 1. Verstappen ironizou a situação e personalidades como Joel Embiid, da NBA, e Damon Hill, campeão da F1 em 1996, criticaram a McLaren. Norris também foi vaiado ao subir no pódio em Monza.
Jornalista Rodrigo França analisa GP da Itália vencido por Verstappen