O meia Miguelito, do América-MG, foi preso em Ponta Grossa após ser acusado de injúria racial contra o atacante Allano, do Operário-PR, durante jogo no domingo. O árbitro Alisson Sidnei Furtado relatou na súmula que Allano alegou ter sido chamado de “preto cagão” por Miguelito, mas que a arbitragem não presenciou o ocorrido. Apesar de ter aplicado o protocolo antirracismo (paralisando a partida e fazendo o gesto correspondente), o jogo foi retomado. O árbitro também registrou que um torcedor cuspiu no zagueiro Pedro Barcelos, do América-MG, e que a polícia removeu o agressor.
Miguelito permanece em Ponta Grossa com representantes do América-MG, enquanto o restante da delegação retornou a Belo Horizonte. O clube mineiro aguarda os desdobramentos para se pronunciar. O Operário-PR declarou apoio a Allano e questionou a retomada da partida.
A Polícia Civil do Paraná prendeu Miguelito em flagrante após ouvir os envolvidos. Buscam imagens da transmissão para confirmar a acusação. A pena para injúria racial pode chegar a cinco anos de reclusão.
Aos 30 minutos do primeiro tempo, após disputa de bola, Allano e Miguelito se desentenderam, levando o atacante do Operário-PR a reportar a ofensa ao árbitro. Allano recebeu cartão amarelo após o reinício do jogo, e Miguelito foi substituído no intervalo. Durante a paralisação para aplicação do protocolo antirracismo, houve confusão entre jogadores do América-MG e torcedores, com um torcedor sendo retirado pela polícia por atirar um copo nos jogadores.
Allano, do Operário-PR, denuncia Miguelito, do América-MG, por injúria racial