2024 marcou a pior temporada da história do Ituano. O clube sofreu dois rebaixamentos inéditos, no Paulistão e na Série B, acumulando recordes negativos desde sua fundação em 1947. Com 32 derrotas, o Ituano liderou o ranking de reveses no Brasil, cinco a mais que o segundo colocado. Em casa, o Novelli Júnior testemunhou 12 derrotas, outro recorde negativo.
A gestão de Paulo Silvestri e Juninho Paulista foi marcada por erros de planejamento, incluindo a manutenção dos técnicos Marcinho e Alberto Valentim, ambos com baixo aproveitamento (cerca de 30%) e posteriormente demitidos. A eliminação na primeira fase da Copa do Brasil, com derrota para o São Luiz-RS, agravou a crise.
O aproveitamento geral do Ituano foi de apenas 28%, com 12 vitórias, sete empates e 32 derrotas. A equipe marcou 49 gols e sofreu 84, segunda pior marca defensiva da história do clube, atrás apenas de 2007. Bruno Xavier foi o artilheiro com oito gols. A demissão do executivo Beto Souza, ao final da temporada, sinaliza uma possível reestruturação.
A campanha no Paulistão começou com uma vitória sobre o Corinthians, quebrando um jejum de 17 anos. No entanto, o time não venceu mais na competição. Marcinho foi demitido após a eliminação na Copa do Brasil e uma sequência negativa no estadual. Alberto Valentim assumiu, mas não evitou o rebaixamento como lanterna.
Na Série B, o Ituano repetiu o início ruim, perdendo as quatro primeiras rodadas. Uma vitória isolada sobre o líder Sport não impediu a vice-lanterna no primeiro turno. No returno, o time esboçou reação, chegando a liderar a segunda metade da competição e sair da zona de rebaixamento, mas voltou a acumular derrotas e teve Valentim demitido. Chico Elias assumiu, mas o rebaixamento foi confirmado com uma rodada de antecedência, apesar de uma vitória épica sobre o Vila Nova por 4 a 3.
Alberto Valentim foi o técnico de 21 das 32 derrotas do Ituano em 2024 — Foto: Miguel Schincariol/Ituano FC
