O Barcelona, apesar de sua base espanhola, demonstra uma forte influência alemã nesta temporada. A chegada do técnico Hansi Flick e sua comissão técnica trouxe uma mudança tática surpreendente.
Após uma temporada decepcionante com Xavi, onde o clube ficou atrás do Real Madrid no Campeonato Espanhol e foi eliminado precocemente da Copa do Rei e da Champions League, o início promissor sob o comando de Flick renova as esperanças da torcida.
Liderando o Espanhol com 33 pontos em 13 rodadas, o Barcelona se prepara para enfrentar o Celta de Vigo, possivelmente com o retorno de Robert Lewandowski. Na Champions League, após a derrota inicial para o Monaco, o time emendou uma sequência de vitórias expressivas, ocupando a sexta colocação.
O destaque do novo Barcelona é o poder ofensivo, com 55 gols em 17 jogos. O “tiki-taka” característico da era Guardiola deu lugar a um jogo mais vertical, explorando a velocidade de jogadores como Raphinha e Lamine Yamal. Flick busca aliar a tradicional troca de passes do clube com uma abordagem mais direta ao gol.
A mudança rápida se deve à comissão técnica alemã trazida por Flick, incluindo assistentes e analistas de desempenho. A contratação de Michael Hasemann e Stephan Nopp, ambos com experiência na seleção alemã, reforça essa influência.
Um dos principais beneficiados é Lewandowski, que reencontrou o técnico com quem teve grande sucesso no Bayern de Munique. Após duas temporadas abaixo das expectativas no Barcelona, o atacante polonês voltou a apresentar alta performance, liderando a artilharia do Espanhol e entre os goleadores da Champions.
A goleada recente sobre o Bayern, antigo clube de Lewandowski e Flick, demonstra a eficácia do novo estilo de jogo. O Barcelona “alemão” ainda enfrentará Brest e Borussia Dortmund na Champions League, buscando consolidar sua vaga nas oitavas de final.
Hansi Flick, técnico do Barcelona — Foto: Getty Images