A falta de criatividade ofensiva, a desatenção defensiva e o peso de um jogo eliminatório resultaram no fim da invencibilidade do Vitória, que durava 22 partidas. O Rubro-Negro perdeu em casa para o Náutico por 2 a 0, pela Copa do Brasil, em uma atuação que expõe pontos fracos para a sequência da temporada.
O Vitória encontrou dificuldades para furar o bloqueio defensivo do Náutico, que cedeu a posse de bola e explorou os contra-ataques. A ausência de Matheusinho foi sentida, e Wellington Rato, responsável pela criação das jogadas, teve atuação apagada, principalmente no primeiro tempo. As jogadas pelas laterais também não funcionaram, com erros técnicos e más decisões de Jamerson, Raúl Cáceres, Mosquito e Lucas Braga. Apenas Fabri, que entrou no segundo tempo, trouxe algum perigo por ali.
A fragilidade defensiva rubro-negra ficou evidente nos dois gols do Náutico, ambos no primeiro tempo. Hélio abriu o placar em chute de fora da área, após acertar a trave em tentativa semelhante. O segundo gol veio de escanteio, com desvio de cabeça de Vinícius na primeira trave, lance que o atacante já havia repetido minutos antes.
No segundo tempo, o técnico Thiago Carpini tentou tornar o time mais ofensivo com substituições, chegando a atuar com quatro atacantes e apenas um zagueiro. Apesar das alterações (Pepê por Willian Oliveira e Carlinhos por Mosquito no intervalo; Fabri por Lucas Braga aos 13 minutos, Ronaldo Lopes por Neris aos 18 e Bruno Xavier por Wellington Rato aos 29 do segundo tempo), o Vitória seguiu sem conseguir penetrar na defesa adversária.
A eliminação precoce na Copa do Brasil evidencia a necessidade de reforços no setor ofensivo, principalmente um camisa 9 e pontas mais efetivos. O revés também quebra a sequência invicta de 123 dias e ocorre poucos dias antes do primeiro jogo da final do Campeonato Baiano, contra o Bahia. O Rubro-Negro terá pouco tempo para se recuperar e buscar o título estadual.
