A estabilidade do departamento de futebol do Corinthians é ameaçada pela instabilidade política do clube. A votação do impeachment do presidente Augusto Melo, marcada para a próxima segunda-feira, gera preocupações com possíveis mudanças na diretoria caso haja troca de comando.
Apesar do bom ambiente entre jogadores e funcionários, o clima político tenso preocupa. O diretor de futebol, Fabinho Soldado, tem se esforçado para blindar o elenco desde que assumiu o cargo. Recentemente, apresentou a equipe técnica e os planos para 2025 a cerca de 150 conselheiros, acompanhado do técnico Ramón Díaz e seu auxiliar Emiliano. Soldado também tranquilizou os jogadores sobre o atraso salarial, garantindo o pagamento em breve.
Augusto Melo, por meio de sua assessoria, destacou a importância do trabalho de Soldado para proteger o elenco das turbulências políticas. Afirmou que os jogadores estão focados nos campeonatos e que a diretoria tem cumprido seus compromissos para manter a confiança do grupo.
Enquanto a política do clube vive momento turbulento, o ambiente no CT é descrito como positivo, com união e apoio entre os jogadores. Demonstrações de solidariedade recentes, como o apoio a Rodrigo Garro após seu acidente e ao preparador físico Diego Pereira após o falecimento de seu pai, reforçam a união do grupo. Jogadores experientes têm se dedicado a integrar os mais jovens. A pré-temporada tem sido intensa, mesmo com a ausência de alguns jogadores chave para a estreia contra o Red Bull Bragantino.
A pressão sobre Augusto Melo, porém, continua. A divulgação do depoimento do dono da VaideBet à polícia, alegando desconhecer o intermediário Alex Cassundé no contrato de patrocínio, reacendeu as tensões. Boatos sobre a saída do diretor administrativo Marcelo Mariano e a exclusão do Corinthians do Movimento de Clubes Formadores também contribuem para a instabilidade.
Jogadores do Corinthians em treino no CT Joaquim Grava — Foto: Rodrigo Coca / Ag.Corinthians