O Corinthians busca finalizar a negociação pela compra de 50% dos direitos econômicos de Hugo Souza, garantindo sua permanência nos próximos anos. A diretoria alvinegra, no entanto, busca minimizar os impactos do que considera uma pressão do Flamengo às vésperas da semifinal da Copa do Brasil.
O Corinthians acredita que a pressão pública do Flamengo tem como objetivo minimizar a perda de um jogador que se destacou por um valor considerado baixo e aumentar a pressão sobre o goleiro antes do jogo decisivo.
A orientação interna é evitar comentar o assunto publicamente, deixando a negociação por Hugo Souza sob responsabilidade de Fabinho Soldado e Vinicius Cascone. Augusto Melo acompanha o caso sem se envolver em conversas com o rival.
O Corinthians entende que o Flamengo não esperava o sucesso de Hugo Souza em São Paulo e, por isso, tem “jogado para a torcida” ao dificultar a negociação.
O Corinthians deve desembolsar R$ 7,3 milhões pela compra, incluindo o valor do empréstimo, multas e a porcentagem dos direitos. O Flamengo exige um fiador para garantir o pagamento em quatro parcelas, justificando a exigência pelo atraso na compra de Matheuzinho.
O Corinthians descarta a possibilidade de o negócio ser cancelado e busca um novo fiador para apresentar ao Flamengo. O prazo para o acerto é 30 de novembro, e a diretoria alvinegra confia que cumprirá as exigências do Flamengo e honrará o contrato de empréstimo.
Há um acordo com o empresário de Hugo para um contrato de cinco temporadas com luvas e comissões diluídas. O goleiro deve receber um aumento salarial significativo, tornando-se um dos atletas mais bem pagos do elenco.
O Corinthians acredita que a pressão do Flamengo vai além dos bastidores e das questões financeiras, com o objetivo de desestabilizar Hugo e o elenco antes da partida decisiva.
A mudança na data da partida teria sido o primeiro movimento do Flamengo para mexer no cenário. O Corinthians não gostou da troca de datas e entende que foi prejudicado.
Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, estaria à frente da estratégia de expor o rival. A relação entre as duas diretorias começou bem, mas foi se deteriorando com o interesse do Corinthians em Gabigol, do Flamengo em Maycon, o atraso no pagamento de Matheuzinho e o negócio envolvendo Hugo Souza.
Hugo Souza em ação em Flamengo x Corinthians — Foto: André Durão
