O Corinthians negocia com a Liga Forte União a obtenção de R$ 57 milhões para aliviar sua crise financeira. O montante seria utilizado para quitar salários, premiações, compromissos com fornecedores e financiar novas contratações.
A operação envolve duas partes: R$ 27 milhões como adiantamento da receita de performance no Brasileirão e R$ 30 milhões em empréstimo, com juros de CDI mais 3%. A LFU exige a extensão do contrato com o Corinthians até 2030 como condição para o empréstimo, mas o clube busca inserir uma cláusula de saída que permitiria rescindir o acordo mediante a devolução do valor corrigido.
O Conselho de Orientação aprovou o empréstimo de R$ 30 milhões. A antecipação dos R$ 27 milhões não necessita aprovação interna, pois já está prevista no orçamento de 2025.
Além do acordo com a LFU, o Corinthians espera receber R$ 50 milhões da Nike em agosto, referentes à renovação do contrato de fornecimento de material esportivo. A empresa pagará outros R$ 50 milhões em 2026.
Apesar das medidas, a diretoria projeta dificuldades financeiras até o final do ano e busca arrecadar R$ 100 milhões com a venda de jogadores na próxima janela de transferências. O presidente interino, Osmar Stabile, afirmou que o clube recebeu o Corinthians sem fluxo de caixa para os meses de maio, junho e julho.
Em 2023, o Corinthians já havia obtido um empréstimo de R$ 150 milhões junto à LFU, também com juros de CDI mais 3%. Em maio deste ano, antecipou R$ 22 milhões de receitas do contrato com a liga. A estimativa é que o clube receba R$ 210 milhões pelos direitos de transmissão do Brasileirão nesta temporada, com aproximadamente R$ 100 milhões já recebidos.
Veja na íntegra a entrevista coletiva do presidente interino do Corinthians, Osmar Stabile
