Em 2025, o Corinthians adota postura discreta no mercado da bola, contrastando com as movimentações intensas de 2024, quando contratou 20 jogadores. A estratégia, alinhada entre diretoria e comissão técnica, prioriza a manutenção do elenco atual, que encerrou o ano anterior com nove jogos de invencibilidade.
Apesar da cautela, o departamento de análise de mercado, liderado por Renan Bloise e Thiago Santos, segue mapeando oportunidades de baixo custo, em contato com o diretor Fabinho Soldado. O foco é encontrar atletas que se encaixem no estilo de jogo da equipe e preparar o terreno para atuações mais intensas na janela do meio do ano.
O clube prevê saídas em julho, principalmente para o mercado europeu, com Breno Bidon e Yuri Alberto como potenciais negociáveis. Visando lucrar com transferências (meta de R$ 181 milhões no orçamento de 2025) e antecipar-se a essas saídas, o Corinthians busca reposições e avalia oportunidades que possam surgir com jogadores ficando livres no mercado internacional.
A cautela financeira também justifica a postura. Com dívidas elevadas e alta folha salarial, o clube, após investir pesado em 2024, prefere colher os frutos do trabalho anterior. Ainda que não haja urgência, a diretoria e a comissão técnica não descartam a chegada de um zagueiro canhoto ou atacante de lado.
Enquanto não anuncia reforços, o Corinthians garantiu renovações importantes, como as de Ángel Romero, André Carrillo, Breno Bidon e o empréstimo de Maycon. A estreia no Paulistão acontece dia 16, contra o Red Bull Bragantino.
Augusto Melo é presidente do Corinthians — Foto: Jorge Rodrigues/AGIF