Conmebol inicia nova forma de combate ao racismo

Campanha da Conmebol divulgada em todo o continente na luta contra o racismo — Foto: Marcos Ribolli

Conmebol inicia nas quartas de final uma nova forma de combate ao racismo, podendo suspender partidas em casos de discriminação

A Libertadores e a Sul-Americana seguem agora a orientação da Fifa de cruzar os braços como gesto simbólico. A medida foi aprovada por todas as 10 federações sul-americanas.

Nesta terça-feira, Fortaleza e Corinthians começam a disputa por uma vaga na semifinal da Sul-Americana, em uma partida que marca mais um esforço da Conmebol para enfrentar o racismo nos estádios da América do Sul.

Com a adesão unânime das federações de seus 10 países-membros, a Conmebol implementa nas fases atuais da Libertadores e da Sul-Americana a recomendação da Fifa, onde jogadores, árbitros e comissões técnicas cruzam os braços para manifestar repúdio a comportamentos racistas.

Os casos de racismo continuam a ocorrer nos torneios organizados pela Conmebol – apenas na fase anterior da Libertadores e da Sul-Americana, foram registrados sete incidentes. Em resposta, a Conmebol aumentou as penalidades financeiras, com multas que podem chegar a US$ 100 mil, decisão tomada no início de 2023.

Em 2022, a Conmebol firmou um acordo de cooperação com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, liderado por Marcelo Carvalho. O instituto oferece apoio técnico à Conmebol, auxiliando na criação de políticas de diversidade e na implementação de programas de conscientização racial para funcionários e dirigentes.

Nesta segunda-feira, a Conmebol multou o clube argentino San Lorenzo em US$ 420 mil (cerca de R$ 2,5 milhões) devido a um incidente de racismo envolvendo uma torcedora durante a partida contra o Atlético-MG, pelas oitavas de final da Libertadores no mês passado. Esta foi a segunda infração do clube no ano, resultando em uma punição mais severa.

Nos últimos dias, a La Liga, organizadora do campeonato espanhol, também adotou esse procedimento, seguindo o exemplo da Fifa, que já aplica essa prática em todas as suas competições.

O gesto de cruzar os braços faz parte de um protocolo que prevê três estágios, dependendo da gravidade da situação:

  1. O jogo pode ser interrompido;
  2. Caso os atos continuem, o jogo será suspenso temporariamente e os jogadores deixarão o campo;
  3. Se o comportamento persistir, a partida será suspensa definitivamente.

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