Após 35 anos, o Bahia volta à Libertadores. A vitória por 2 a 0 contra o Atlético-GO, com gols de Thaciano e Lucho Rodríguez, garantiu a oitava posição no Brasileirão, mesmo com a vitória do Cruzeiro.
O Bahia dependia apenas de si na última rodada e terminou o campeonato com 53 pontos. A oscilação na reta final foi discutida por Rogério Ceni. A classificação foi assegurada após a vitória do Palmeiras sobre o Cruzeiro, na rodada anterior, alívio para o Bahia. Ceni descreveu a tensão do momento: “O sentimento após a derrota para o Corinthians foi frustrante. […] Fui andar de bicicleta. Um aplicativo me avisou do gol do Palmeiras. Aí não parei mais de pedalar. A chegada ao estádio hoje foi espetacular”.
Vestindo uma camisa do título de 1988, Ceni celebrou: “Levamos o clube de volta à Libertadores depois de 35 anos. […] Queria homenagear os responsáveis pelo Bahia nos anos 80”.
Ceni analisou o ano: “Faltou um título, Baiano ou Nordeste. […] Chegar à Pré-Libertadores é importante, mas sempre podemos mais”. E completou: “Outubro e novembro não foram bons, mas entregamos algo importante”.
O elenco terá férias e Ceni projeta um 2025 melhor, com Libertadores, campeonatos Baiano e Brasileiro, e Copas do Nordeste e do Brasil. Ceni expressou seu desejo de conhecer Salvador e a conexão com a torcida: “Aprendi a entender, a sofrer com os gritos na arquibancada. […] O torcedor quer resultado. Temos que continuar crescendo”. E finalizou: “Meu prazer é estar no futebol. […] O torcedor vai aprender a gostar desse jogo de passes. Fomos oitavos, temos que tentar estar entre os seis”.
Lucho comemora segundo gol do Bahia na Fonte Nova — Foto: Rafael Rodrigues/EC Bahia