Lucas Paquetá pode jogar pelo West Ham até o fim da temporada. O julgamento sobre seu envolvimento com apostas esportivas segue sem prazo para conclusão. A decisão não será imediata e o futuro do jogador permanece indefinido até junho. A sentença deve demorar pelo menos um mês e meio após as oitivas. A Premier League termina em 25 de maio e Paquetá está liberado para jogar. O West Ham, 16º colocado, está em situação confortável na luta contra o rebaixamento.
A defesa de Paquetá busca postergar uma possível punição. Há recursos para mantê-lo jogando mesmo em caso de sanção. Após o veredito, Paquetá pode recorrer à Federação Inglesa e à Corte Arbitral do Esporte (CAS). Se a pena for restrita ao futebol inglês, ele poderia atuar em outro país. A FIFA geralmente homologa penalidades internacionalmente, o que pode levar meses. Nesse caso, caberiam recursos ao Comitê de Apelação da FIFA e novamente à CAS.
Paquetá soma 35 jogos na temporada, incluindo cinco pela Seleção, com cinco gols e uma assistência. Jogou os 90 minutos no empate contra o Bournemouth.
Paquetá foi acusado pela FA de violar regras de apostas em jogos contra Leicester, Aston Villa, Leeds e Bournemouth, recebendo cartão amarelo nos quatro. A acusação é de violação da Regra E5.1, que proíbe influenciar resultados para fins impróprios. A FA alega que Paquetá buscou cartões amarelos para afetar o mercado de apostas. As ofensas por apostas são distintas de manipulação de resultados, mas se comprovada a influência no jogo, a pena pode ser mais severa, incluindo banimento. A FA não detalha as sanções para a regra E5.1, mas em casos de uso de informação privilegiada, a pena varia de seis meses a banimento, além de multa. A comissão reguladora avaliará a cooperação de Paquetá, o que pode atenuar a punição. Ele também foi acusado de violar a regra F3, por má conduta ao responder perguntas e fornecer documentos.
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