Desde a aquisição de 90% de sua SAF pelo Grupo City em 2023, o Bahia investiu mais de R$ 500 milhões em contratações, incluindo reforços para o time principal e divisões de base, totalizando 45 novos atletas. Cada transação passou pelo departamento de scout, peça central no planejamento do clube.
Fabrício Souza, Head Scout do Bahia, detalhou o processo de busca de jogadores, alinhado à metodologia do Grupo City, que possui uma extensa rede de scout global. O processo se divide em planejamento do elenco, observação e identificação de jogadores, e elaboração de relatórios para a decisão final.
O planejamento envolve análise das necessidades do elenco, modelo de jogo e objetivos da temporada, em conjunto com a direção de futebol, comissão técnica e o City Football Group, considerando a história do Bahia e a filosofia do grupo, com análise técnica, tática, adaptabilidade e projeção futura. A observação e identificação utilizam informações internas e da rede global do CFG, combinando dados com avaliações em vídeo e presenciais. O relatório final detalha todos os aspectos relevantes dos atletas.
Fabrício Souza, que já integrava o scout do Grupo City, destacou a integração com o diretor de futebol, Cadu Santoro, e o sistema global do CFG, com reuniões regulares e conferências globais para alinhamento estratégico e compartilhamento de informações.
Em 2025, o clube se destacou com as contratações dos argentinos Ramos Mingo e Mateo Sanabria, que rapidamente se adaptaram ao futebol brasileiro. A análise de dados considera aspectos técnicos, táticos, adaptabilidade e mentalidade dos jogadores.
O Bahia também obteve sucesso com contratações regionais, como Luciano Juba, Caio Alexandre e Erick Pulga, provenientes de rivais nordestinos. Luciano Juba, por exemplo, foi monitorado por mais de três anos antes de ser contratado em 2023, após o término de seu contrato com o Sport.
