A sequência negativa sem precedentes de Pep Guardiola no Manchester City levanta questionamentos sobre os fatores que contribuem para essa crise. O atual tetracampeão da Premier League acumulou nove derrotas em 11 jogos, com média de 2,45 gols sofridos por partida, um desempenho drasticamente diferente do habitualmente dominante.
Diversas lesões afetaram o elenco. Mais de dez jogadores ficaram afastados por pelo menos dois jogos, e outros atuaram no sacrifício. A lesão de Rodri, vencedor da Bola de Ouro de 2024, foi especialmente impactante. Com ele, o City tinha 79,1% de aproveitamento, caindo para 66,6% sem o jogador. A ausência de Kovacic, seu substituto natural, agravou a situação.
Além das lesões, a má fase de jogadores-chave, como Ederson, Walker, De Bruyne e Grealish, contribui para o declínio. A diretoria, que planejava uma reformulação em 2025, pode ter errado ao adiar mudanças no elenco. Bernardo Silva, Gundogan e Foden também estão abaixo do esperado.
A ausência de Rodri forçou Guardiola a adaptar o esquema tático, sem sucesso. A equipe se tornou previsível, dependente de jogadas individuais e cruzamentos para Haaland, que passou de destaque a solução de emergência. A defesa, antes sólida, demonstra fragilidade, recuperando menos bolas por jogo e sofrendo com a penetração adversária.
Falhas individuais e viradas improváveis sugerem instabilidade psicológica na equipe. O episódio de Guardiola com o nariz cortado após o empate com o Feyenoord ilustra a tensão.
A janela de transferências de janeiro oferece uma oportunidade para o City se reforçar. A demissão de Guardiola, apesar da pressão, ainda é improvável, especialmente antes de avaliar o impacto das novas contratações. Resta observar como o clube e o treinador navegarão essa crise inédita.
Pep Guardiola com semblante preocupado em derrota do Manchester City para o Aston Villa — Foto: Getty Images