Após sete anos afastado do futebol brasileiro, Alex Bourgeois retorna como gestor da SAF da Portuguesa. Bourgeois, francês apaixonado pelo futebol nacional, traz experiência em gestão esportiva e um modelo baseado no sucesso do Lens, da França. Antes de se dedicar ao futebol, Bourgeois trabalhou no mercado financeiro e posteriormente na Teisa, fundo que investiu em direitos de Neymar durante sua passagem pelo Santos.
Sua trajetória no Brasil inclui passagens controversas por São Paulo e Figueirense. No São Paulo, atuou brevemente como CEO na gestão de Carlos Aidar e, posteriormente, na de Leco, mas foi demitido em ambas as ocasiões. No Figueirense, chegou como CEO pela Elephant, prometendo investimentos, mas saiu após dois meses. Ambas as partes apresentaram versões conflitantes sobre os motivos de sua saída, com Bourgeois alegando discordâncias com investidores e o Figueirense apontando falta de investimento.
Bourgeois se orgulha do trabalho realizado no Lens, onde participou da reconstrução do clube até a Ligue 1. Com o menor orçamento da elite francesa, o Lens terminou o campeonato de 2022 como vice-campeão, atrás apenas do PSG. Ele pretende replicar esse modelo, baseado em jovens talentos e análise de dados (“Moneyball”), na Portuguesa. A SAF da Lusa já tem jogadores apalavrados e o técnico Cauan de Almeida encaminhado, sob a gestão de Bourgeois e da Tauá Partners.
Alexandre Bourgeois trabalhou no São Paulo em 2015 — Foto: Marcelo Hazan
