Seis meses após a venda do Cruzeiro por Ronaldo Fenômeno para o empresário Pedro Lourenço, o clube vive um momento de transição. A euforia inicial, marcada por investimentos milionários e bons resultados, deu lugar à pressão por resultados e a uma mudança no comando técnico.
O Cruzeiro está a um jogo de disputar o título inédito da Copa Sul-Americana e uma vaga na Libertadores. A classificação para a semifinal contra o Lanús garante a continuidade do sonho. Caso contrário, as cobranças sobre Fernando Diniz e a diretoria aumentarão.
A venda do clube, em abril, gerou grande expectativa entre os torcedores. O objetivo declarado era conquistar uma vaga na Libertadores, e o Cruzeiro investiu pesado em contratações, totalizando mais de R$ 200 milhões. A folha salarial também aumentou, passando de R$ 12 milhões para R$ 17 milhões.
O início da gestão de Lourenço foi positivo. O time se recuperou na Sul-Americana e fez um bom primeiro turno no Brasileirão. No entanto, o desempenho caiu drasticamente nos últimos dois meses, com apenas três vitórias em 17 jogos.
Apesar da classificação para a semifinal da Sul-Americana, o Cruzeiro se afastou do G-4 e G-6 do Brasileirão, diminuindo as chances de vaga na Libertadores via Série A. Em resposta à queda de rendimento, a diretoria demitiu Fernando Seabra e contratou Fernando Diniz, que ainda busca sua primeira vitória.
Além das mudanças no comando técnico, o clube também promoveu alterações na estrutura de futebol e administrativa. A gestão de Lourenço, assim como a de Ronaldo, busca tornar o Cruzeiro autossustentável, evitando novas injeções de recursos.
Pedro Lourenço, dono da SAF do Cruzeiro — Foto: Gilson Lobo/AGIF