Oscar Piastri perdeu a liderança do GP da Inglaterra após ser penalizado com 10 segundos por freada brusca atrás do safety car. A punição, que permitiu a vitória de Lando Norris, gerou comparações com incidente similar envolvendo George Russell no GP do Canadá.
Max Verstappen, que seguia Piastri, expressou surpresa com a penalidade: “Só fiquei sabendo depois da corrida. Aconteceu comigo algumas vezes. Estranho ser agora o Oscar a receber punição.”
Christian Horner, chefe da RBR, concordou com a decisão, lembrando a ausência de punição a Russell no Canadá.
Os comissários justificaram a penalidade de Piastri com base em dados de telemetria, que indicaram uma desaceleração mais intensa e repentina do australiano, exercendo uma pressão de 59,2 psi nos freios, quase o dobro da pressão aplicada por Russell no Canadá (30 psi). A manobra de Piastri foi considerada errática e perigosa, forçando Verstappen a reagir para evitar uma colisão.
O artigo 55.15 do Regulamento Esportivo da F1 proíbe acelerações ou freadas erráticas sob safety car que possam colocar outros pilotos em risco.
A FIA considerou que Russell estava tentando manter seus pneus aquecidos para a relargada, aceitando a justificativa da Mercedes. Além disso, a Mercedes argumentou que o safety car estava mais lento no Canadá e que Verstappen também apresentou padrões de frenagem semelhantes aos de Russell.
A forte chuva no GP da Inglaterra e a visibilidade comprometida também podem ter influenciado na decisão dos comissários. A freada de Piastri foi considerada atípica no trecho.
Em 2020, no GP da Toscana, um acidente múltiplo na relargada após o safety car demonstrou os riscos de manobras inconsistentes.
Zak Brown, CEO da McLaren, minimizou o impacto da punição de Piastri, admitindo um elemento de subjetividade nas decisões dos comissários.
Piastri lamentou a penalidade, mas celebrou o desempenho do carro. Ele contestou a punição, afirmando ter freado ao ver as luzes do safety car se apagarem e ter sido ultrapassado por Verstappen.