Rhaizza marcou três gols em um jogo na Arena Fonte Nova, um sonho tornado realidade. A artilheira do Bahia fez seu primeiro hat-trick na vitória de 3 a 1 contra a Ferroviária, pelo Brasileirão Feminino. Em entrevista, ela expressou sua emoção: “Quase chorei… jogar na Fonte Nova, com a torcida gritando meu nome, foi maravilhoso.”
A vida de Rhaizza nem sempre foi de alegrias. Abandonada pelo pai aos seis anos, encontrou no irmão uma figura paterna, perdida com o falecimento dele. A mãe, Rosane, sustentou a família com trabalhos diversos, como vendedora de sacolé e costureira. A jogadora enfrentou dificuldades financeiras, relembrando a falta de comida.
Sua carreira deslanchou na Taça das Favelas, onde foi vice-campeã e campeã. Após passagens por Vasco e Flamengo, teve a chance de jogar no Vasco após intervenção da mãe, que insistiu para que o treinador fornecesse seu contato.
Rhaizza reconhece erros passados, como indisciplina nos clubes cariocas. Buscou recomeço na Turquia, onde se destacou no Beylerbeyi, tornando-se a brasileira com mais gols na Superliga Turca e conquistando títulos. A experiência a reaproximou do futebol e abriu portas, apesar da saudade da família. Depois, transferiu-se para a China, antes de chegar ao Bahia.
No Bahia, Rhaizza é a artilheira de 2025, com cinco gols. Suas atuações ajudaram o time a alcançar um feito inédito: a classificação para o mata-mata do Brasileiro Feminino. “Nunca imaginei isso”, disse ela, emocionada com o apoio da torcida. O Bahia enfrentará o Corinthians nas quartas de final.
