Após eliminar o Liverpool nas oitavas da Champions League, o Paris Saint-Germain chega às quartas de final contra o Aston Villa como um dos favoritos ao título. A campanha impressionante, mesmo sem Mbappé, inclui a liderança invicta no Campeonato Francês, com chances de título inédito sem derrotas. Essa mudança de patamar reflete uma nova estratégia, explicada pelo capitão Marquinhos: uma reformulação filosófica desejada pela direção e pelo técnico Luis Enrique.
Essa nova filosofia contrasta com a era de grandes investimentos em estrelas como Messi, Neymar e Ibrahimovic. Iniciada em 2022 com a chegada do diretor Luís Campos, a reformulação prioriza jovens talentos e jogadores franceses. A saída de medalhões como Messi, Neymar, Verratti e Sergio Ramos, aliada à contratação de jovens como Dembelé e Barcola (artilheiros do time na temporada), e posteriormente de Kvaratskhelia, exemplifica essa mudança. Segundo Marquinhos, a nova abordagem tem sido bem-sucedida.
Campos, com histórico de sucesso no Monaco e Lille, tem sido peça fundamental. Dos titulares que venceram o Liverpool, oito foram contratados sob sua gestão, a maioria com 25 anos ou menos. A média de idade do elenco caiu de 26,2 para 22,7 anos. Luis Enrique, por sua vez, organizou um time competitivo com jovens talentos. Marquinhos acredita no potencial de crescimento da equipe, ainda não no auge.
Com Luis Enrique, o PSG demonstra solidez defensiva e controle de jogo, resultando na invencibilidade na Ligue 1. Apesar da inicial dificuldade ofensiva pós-Mbappé, a centralização de Dembelé impulsionou o ataque. A chegada de Kvaratskhelia também fortaleceu o setor.
Se contra o Liverpool o PSG era azarão, contra o Aston Villa a equipe chega como favorita. Com um projeto sólido, o clube transmite confiança aos torcedores de que a conquista da Champions League, objetivo do Qatar Sports Investment desde 2011, é uma questão de tempo.
Luis Henrique é jogado para o alto na comemoração do PSG pelo título francês — Foto: Reuters