A conquista do Sul-Americano Sub-20 foi uma demonstração de superação para a Seleção Brasileira, especialmente após a derrota inicial para a Argentina. O técnico Ramon Menezes creditou a vitória à resiliência dos jogadores.
Entretanto, Ramon reconheceu as dificuldades enfrentadas, como os 12 gols sofridos e as duas derrotas. Ele atribuiu os desafios à preparação prejudicada pela dificuldade de liberação dos atletas por parte dos clubes. A falta de experiência da equipe, em contraste com a equipe argentina mais entrosada, também foi um fator crucial.
Ramon defendeu a necessidade de liberação dos jogadores pelos clubes, enfatizando a importância da Seleção como etapa no desenvolvimento dos atletas e para a construção de uma base sólida. A falta de jogos de alto nível também prejudicou a preparação, como exemplificado pela Data FIFA de março, que não foi utilizada. A equipe teve apenas dois amistosos contra o México em setembro, insuficientes para o nível de exigência do torneio.
O técnico reconhece seu estilo de jogo ofensivo, mas ressalta a necessidade de adaptação ao contexto da preparação. A falta de entrosamento e a dificuldade dos jogadores em vivenciar situações de alta pressão impactaram no desempenho da equipe. Ele também citou o calendário dos torneios sul-americanos, que coincide com a pré-temporada brasileira, e as dificuldades de jogadores vendidos para a Europa em manter o ritmo de jogo.
Por fim, Ramon defendeu Igor Serrote após a provocação contra a Argentina, argumentando que o gesto refletia a vontade de vencer e não violência. O treinador ainda aguarda reunião com a CBF para planejar o Mundial Sub-20.
Ramon Menezes analisa desempenho do Brasil no Sul-Americano Sub-20