A trajetória de Léo Coelho, único brasileiro campeão uruguaio pelo Nacional e Peñarol neste século, é marcada por resiliência. Em 2019, após oito meses sem clube e uma passagem pela Série A3 do Paulista, o zagueiro considerou abandonar o futebol para se tornar motorista de aplicativo. Chegou a fazer videoaulas e iniciar os trâmites no Detran.
Um telefonema inesperado mudou seu destino. O Fénix, do Uruguai, precisava de um zagueiro para um teste de duas semanas. Léo agarrou a oportunidade. Em seis meses, marcou cinco gols, incluindo um hat-trick histórico contra o Defensor, garantindo a classificação do clube para a Sul-Americana. Essa experiência no Fénix transformou sua carreira.
O sucesso levou-o ao San Luis, do México, mas Léo retornou ao Uruguai para jogar no Nacional, onde conquistou o campeonato nacional e foi eleito o melhor zagueiro em 2022. A transferência para o rival Peñarol foi um desafio, com ameaças e xingamentos de torcedores. Apesar das dificuldades, Léo se sagrou campeão uruguaio novamente, atingindo um recorde de pontos no torneio, e ajudou o time a chegar à semifinal da Libertadores, eliminando inclusive o Flamengo no Maracanã.
Agora, Léo almeja novos desafios. Prioriza o Brasil para aproximar os filhos da família, mas está aberto a outras culturas. Seu desejo é provar seu valor no futebol brasileiro após a difícil fase inicial da carreira.
Léo Coelho comemora o título uruguaio pelo Peñarol, conquistado em 1º de dezembro — Foto: Arquivo Pessoal